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MP de Alagoas denuncia influenciadores e ex-PM por fraudes com jogos on-line | Foto: Rafael Henrique/stock.adobe.com |
O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), ofereceu denúncia contra oito pessoas envolvidas em um esquema criminoso que atuava com fraudes em jogos de azar online, rifas manipuladas e lavagem de dinheiro. A ação faz parte da Operação Trapaça, deflagrada em dezembro de 2023, e pede penas que somam quase 255 anos de prisão.
De acordo com a investigação, o grupo utilizava o jogo de apostas “Fortune Tiger”, conhecido popularmente como “Jogo do Tigrinho”, para atrair vítimas por meio de campanhas feitas por influenciadores digitais. O líder da organização criminosa seria um ex-policial militar, que ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, promovia rifas fraudulentas e ocultava bens em nome de terceiros.
A denúncia também revela que rifas promovidas nas redes sociais eram manipuladas para beneficiar membros da quadrilha, prejudicando os participantes que acreditavam estar concorrendo de forma legítima. O MP aponta ainda a prática de fraudes bancárias e o uso de “laranjas” para esconder a real propriedade de veículos de alto padrão.
Entre os denunciados estão influenciadores digitais, a esposa do suposto líder — que também atuava na divulgação de jogos e rifas —, além de sócios de empresas envolvidas no esquema. O Ministério Público requereu uma pena de 77 anos e cinco meses para o líder da quadrilha, e penas que somam mais 177 anos para os demais envolvidos.
O promotor de Justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf, ressaltou que a denúncia reforça o compromisso da instituição com o enfrentamento ao crime organizado e à lavagem de dinheiro. “Essa prática, além de ilegal, reforça o caráter enganoso das atividades dos criminosos, que utilizavam a falsa promessa de prêmios para atrair vítimas e legitimar o esquema ilícito”, afirmou.
O nome da operação faz referência ao caráter enganoso da prática criminosa, que utiliza a falsa promessa de lucro fácil para atrair vítimas. O Gaesf é integrado por órgãos do Ministério Público, da Secretaria da Fazenda, das Polícias Civil e Militar, da Polícia Científica e da Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas.
*Com informações da Assessoria