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Laudo confirma que Juliana Marins morreu após queda de grande altura durante viagem à Indonésia

Perícia no IML do Rio aponta politraumatismo e hemorragia interna como causas da morte; sofrimento antes do óbito não é descartado pelos especialistas

08/07/2025

/ Por Redação
Laudo confirma que Juliana Marins morreu após queda de grande altura durante viagem à Indonésia | Foto: Arquivo Pessoal
Laudo confirma que Juliana Marins morreu após queda de grande altura durante viagem à Indonésia | Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu em decorrência de múltiplos traumas causados por uma queda de altura. A conclusão consta no laudo pericial elaborado pelo Instituto Médico-Legal (IML), com base no exame cadavérico realizado após o traslado do corpo da jovem, que faleceu durante uma viagem à Indonésia.

De acordo com o documento, a causa imediata da morte foi uma hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, resultantes de um impacto com alta energia cinética. Os peritos destacaram que não houve sobrevida prolongada após o impacto. A estimativa é de que Juliana tenha sobrevivido por no máximo 15 minutos, sem chances de locomoção ou reação.

“Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”, aponta um trecho do laudo oficial.

Apesar da gravidade dos ferimentos, o relatório técnico ressalta que não há indícios de agressões anteriores à queda, como contenção, luta corporal ou tortura. Também foram encontradas marcas compatíveis com deslocamento do corpo após o impacto, o que pode ter sido causado pela inclinação natural do terreno onde Juliana foi encontrada.

Outro ponto importante foi a inviabilidade de estimar com precisão o horário da morte, já que o corpo chegou ao IML já embalsamado, o que comprometeu parte das análises fisiológicas.

Uma queda, múltiplos traumas

Segundo os peritos do Rio, embora não seja possível afirmar com total certeza se houve mais de uma queda, os ferimentos são condizentes com um único impacto de grande intensidade, que comprometeu órgãos vitais e estruturas como crânio, tórax, abdome, pelve, coluna e membros. Além dos traumas generalizados, foram identificadas lesões musculares, ressecamento ocular e ausência de sinais de desnutrição, fadiga extrema ou uso de drogas ilícitas.

A perícia também considera possíveis fatores psicológicos e ambientais como agravantes da situação de Juliana. O laudo aponta que estresse extremo, isolamento geográfico e ambiente hostil podem ter gerado um quadro de desorientação, prejudicando sua capacidade de tomar decisões adequadas antes da queda.

Nova perícia foi pedida pela família

O corpo de Juliana foi localizado quatro dias após sua queda, ocorrida durante uma trilha em uma região isolada da Indonésia. Um laudo local já havia apontado que a morte ocorreu cerca de 20 minutos após o acidente, sem indícios de hipotermia. No entanto, não foi possível determinar exatamente quando ocorreu a queda fatal.

Em busca de mais clareza sobre as circunstâncias da tragédia, a família da jovem entrou com um pedido na Justiça brasileira para que uma nova perícia fosse realizada. A análise foi feita por técnicos do IML do Rio de Janeiro, com o acompanhamento de um perito particular contratado pela família. O corpo, que seria cremado inicialmente, foi preservado justamente para que essa nova avaliação fosse possível.

Dúvidas permanecem

A família de Juliana chegou a questionar se a ausência de socorro imediato poderia ter sido determinante para o desfecho. No entanto, os peritos afirmaram que os elementos para responder com certeza a essa pergunta foram prejudicados, dada a condição do corpo e o tempo entre a queda e a localização.

Mesmo com a confirmação das causas da morte, vários pontos sobre o acidente seguem sem resposta definitiva, incluindo o momento exato da queda, as circunstâncias que a precederam e se houve ou não tentativas de pedir ajuda.

A investigação continua sendo acompanhada pela família, que busca explicações mais detalhadas sobre os últimos momentos da jovem brasileira no exterior.

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