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Amanhecer no Sertão conquista pentacampeonato com enredo sobre violência doméstica

Com o espetáculo "Até Que a Morte Nos Separe", grupo garantiu o primeiro lugar e vai representar Alagoas no Festival de Quadrilhas do Nordeste

22/06/2025

/ Por Redação
Amanhecer no Sertão conquista pentacampeonato no Forró & Folia 2025 | Foto: Reprodução/GazetaNews
Amanhecer no Sertão conquista pentacampeonato no Forró & Folia 2025 | Foto: Reprodução/GazetaNews

A quadrilha Amanhecer no Sertão brilhou mais uma vez e sagrou-se campeã do Forró & Folia 2025, realizado na noite deste sábado (21/6). Com a performance do espetáculo "Até Que a Morte Nos Separe", a equipe conquistou o pentacampeonato da competição e garantiu sua vaga como representante de Alagoas no Festival de Quadrilhas do Nordeste, que acontece no próximo dia 28, na cidade de Goiana, em Pernambuco.

A disputa foi acirrada. Amanhecer alcançou a pontuação de 149,4, ficando à frente da quadrilha Santa Fé, que somou 149,1 pontos e garantiu o segundo lugar. Na sequência, Dona Dadá obteve 148,0 pontos e conquistou o terceiro lugar. Em quarto lugar, com a mesma pontuação, ficou a Carnarraiá, superada nos critérios de desempate. A quinta colocação foi da quadrilha Fazendinha, que encerrou a noite com 147,6 pontos.

Os jurados avaliaram diversos critérios, incluindo criatividade, coreografia, figurino e precisão da marcação. O enredo apresentado pela campeã trouxe à tona o drama de Maria das Dores, uma mulher que, após o casamento, passa a enfrentar um relacionamento abusivo. A quadrilha retratou a escalada da violência, desde ofensas verbais até ameaças e agressões físicas. A história emocionou ao revelar tanto a dor quanto a força feminina, exaltando o apoio mútuo entre mulheres como símbolo de superação.

A quadrilha Santa Fé também emocionou com o espetáculo Galanga, Chico Rei, uma homenagem à herança africana e à luta da população negra. A apresentação relembrou a trajetória de Chico Rei, que, mesmo escravizado, nunca perdeu sua dignidade nem sua identidade cultural, transformando o arraial em um espaço de celebração da fé e ancestralidade.

Com um clima lúdico, a Dona Dadá apresentou a história de Zequinha, um garoto encantado com as cores, os sabores e os personagens de uma feira nordestina, como a bordadeira Flor, a quituteira Dora e o freguês Pedro. O enredo foi um tributo às tradições do interior e ao imaginário popular.

A quadrilha Carnarraiá levou ao palco o misticismo dos rios e dos povos ribeirinhos, com um espetáculo que reuniu lendas, mitos e histórias tradicionais. A apresentação destacou a importância da cultura oral como forma de manter vivas as memórias e resistências dessas comunidades.

Encerrando o grupo das cinco melhores colocadas, a quadrilha Fazendinha emocionou o público com uma narrativa de fé e amor. A história de Ritinha, diagnosticada com câncer, e seu companheiro Afonso trouxe à cena a luta contra a doença e a devoção à Santa Rita de Cássia. Com figurinos nos tons rosa, a quadrilha também prestou homenagem à campanha de conscientização sobre o câncer.

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